Vídeo mostra passagem de meteoro considerado raro no céu de São José dos Campos
16/12/2025
(Foto: Reprodução) VÍDEO: Meteoro é avistado na região
A passagem de um meteoro considerado raro foi flagrada por uma câmera no bairro Jardim Augusta, em São José dos Campos. Segundo a doutora em geofísica espacial do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), Paola Lauria, o registro é considerado incomum por causa da duração total do fenômeno, de 13 segundos.
“A maioria dos meteoros que costumamos registrar tem duração na ordem de 1 a 2 segundos”, explicou a pesquisadora. O flagrante foi feito na noite de segunda-feira (15), às 23h09, por uma câmera instalada no apartamento de Paola, e divulgado nesta terça-feira (16).
Além disso, a passagem do meteoro, do subtipo bólido, foi a primeira registrada neste ano, segundo a pesquisadora em entrevista ao g1.
"Bólidos são mais raros que meteoros comuns, pois o corpo celeste causador dele tem de ter tamanho suficiente para sobreviver ao atrito da atmosfera por mais tempo, causando o rastro e eventual pico de brilho, parecido com uma pequena explosão".
Meteoro é flagrado passando por céu de São José dos Campos
Reprodução/Paola Lauria/Inpe
A pesquisadora explica que todo evento que ocorre na atmosfera é considerado um meteoro, mas, no conhecimento popular, os meteoros são as "estrelas cadentes". 'E os bólidos são meteoros excepcionalmente brilhantes, muitas vezes com uma explosão final e um rastro de luz mais longo e duradouro.
Por enquanto, não há indícios de que fragmentos deste meteoro tenham chegado ao solo, mas voluntários da Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros estão em busca de mais registros para rastrear a trajetória do bólido.
A passagem do meteoro em São José dos Campos não teve a velocidade registrada, porque é necessário o registro por mais estações de monitoramento, que podem fazer a estimativa da origem, trajetória e velocidade do corpo celeste. Mas, em geral, meteoros atingem a atmosfera com velocidades que variam entre 40.000 e 250.000 km/h, explicou Paola.
"Monitorar eventos como este ajudam de diversas formas. Cientificamente, ajudam a entender melhor os corpos celestes que cruzam pelo sistema solar e pela órbita terrestre. Socialmente, atrai a atenção da população em geral para fenômenos da natureza, o que pode incentivar crianças a virarem cientistas no futuro", disse ela.
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